terça-feira, 19 de agosto de 2003

Estou agora num intervalo das minhas atividades no hospital. Aproveitei para escrever um pouco aqui.

Ontem tive uma certa discussão com meus pais devido ao horário que eu cheguei, mais ou menos meia-noite, sem dar muitas explicações. Entendo a preocupação deles, mas não posso aceitar ser controlado assim com 26 anos!!! Parece uma revolta de adolescente, mas não é!

Pôxa, será que SEMPRE vou precisar dizer onde vou, com quem vou, como vou, quando volto, todas as vezes que saio? Será que sempre vou ter que ficar dando essas satisfações? E, por mais inclinado que eu esteja atualmente para dizer: "Não interessa!", eu nunca diria isso. Porque por mais que eu ODEIE essa atitude deles, eu entendo completamente a preocupação.

Acho que isso tem uma solução, cada vez mais clara na minha mente: sair de casa e ir morar sozinho. Assim não preciso dar satisfações sobre horários e companhias para ninguém. Claro, morar sozinho teria muitos inconvenientes, tudo tem um preço. Mas isso, eu acho, iria melhorar a minha relação com meus pais nesse aspecto. Todos os meus amigos que sairam de casa dizem isso. Talvez funcione para mim.

Estou amadurecendo essa idéia.

Ontem, depois da academia, fui na casa de um amigo meu e ficamos conversando até essa hora porque ele estava me contando problemas com a namorada dele. Aí eu falei um pouco dos meus problemas também (não muito, não sou muito aberto a dividir meus problemas). E ficamos nesse papo. Acho que nunca tinha tido uma conversa deste tipo com algum amigo meu. Nessa profundidade. Nessa seriedade. Conselhos. Sei lá... Ele tava triste, eu animei ele... Ele também me deu conselhos. Bom viu? (E lógico, bebemos um bocadinho, he he he).

Tenho um outro amigo (Kioshi) que sofre um bocado com a dermatite atópica que ele tem. Não sei como ele está hoje, faz muito tempo que não o vejo pessoalmente, mas mantenho um estreito contato com ele através de nossos blogs. Acho que um contato até mais estreito que antes. Ele tá bastante mal, tanto dermatologicamente quanto psicologicamente, bem triste.

Não cosigo ajudá-lo com palavras, por mais sinceras e amigas que sejam. Mas sempre faço comentários positivos para pelo menos tentar ajudá-lo. E ele desta vez escreveu algo para mim no blog dele. Quase chorei (me segurei porque não li em casa, e sim no hospital). Sou muito ligado a ele, apesar da distância.

Força meu amigo!!

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