O dia do médico

Dia 18 de outubro foi o dia do médico e nem me lembrei de publicar alguma coisa a respeito.

Mas a data não pode passar em branco.

Como uma auto-homenagem a nós, médicos, vou agora publicar os três últimos parágrafos do meu discurso de formatura.

Para quem não sabe eu fui o orador da turma, a 83ª turma de médicos da Faculdade de Medicina da USP, formada no final de 2000. Tenho um enorme orgulho de ter sido eleito orador e posso dizer que o dia da formatura foi um dos mais felizes da minha vida.

(...)
Levamos para o resto da vida a responsabilidade e a sabedoria de reconhecer em cada paciente um ser humano, com uma história, com sonhos, desejos e esperanças. É a mágica capacidade de poder dar uma vida melhor para cada nosso semelhante, ou de diminuir o sofrimento na hora da morte, pois como disse um de nossos professores, em uma aula nossa do segundo ano: “A missão de um médico não é a de salvar vidas, mas de aliviar a dor”.

Hoje podemos vislumbrar um horizonte. Existe um mundo lá fora e estamos preparados para ele. Hoje somos como pássaros que tendo aprendido a voar, alçam vôo, livres. Deixam a segurança do ninho para enfrentar o maior dos desafios: viver. E renovamos aqui a esperança de, com nosso conhecimento e espírito, podermos ajudar a construir um país e um mundo melhor.

Que Deus ilumine a todos nós, proteja e nunca deixe que nos desviemos dos nossos caminhos, que um dia iniciamos quando escolhemos fazer Medicina. Apesar de amadurecermos, mantenhamos nossos espíritos sempre jovens, sempre dispostos a aprender, e também, daqui para frente, também a ensinar.

Muito obrigado e Salve a Escola!