Olho ao meu redor, estou no centro do meu quarto.
Sobre o meu guarda-roupa, dezenas de caixas de brinquedos da minha infência. Jogos, alguns dos quais eu nunca joguei. Trenzinho elétrico, jogos de lentes, carrinhos a pilha, máquina de fazer pipoca, jogos de química.
Na minha estante minhas apostilas de colégio, amarradas, quase a dez anos sem uso. Livros de Lotus 123, Wordstar, DBase III, de um curso de computação a muito ultrapassado. Livros de várias áreas da medicina, alguns quase intocados. Alguns muito surrados. Pastas com diversos conteúdos. Sapatos, alguns velhos que não uso há muito tempo, outros novos que eu uso várias vezes por semana.
Sobre minha mesa jornais, panfletos que já li, não vou ler mais mas não joguei fora. Correntes de pescoço enferrujadas. Amostras grátis de anti-inflamatórios. Muitas canetas distribuídas em duas canecas, que me servem de porta-canetas. Um porta disquetes, com disquetes que não uso a muito tempo, e nem sei o que contém. Um trofeuzinho de acrílico onde se lê "Colégio Cardeal Motta - Interclasses 1994".
Nas gavetas, cartões, CD´s, clips, blocos de anotações usados quase todos incompletamente.
Na cama de solteiro uma colcha decorada com motivos infantis. Dois travesseiros. Uma lâmpada para leitura presa na cabeceira.
No chão o carpete cinza-azulado. E algumas mochilas com diferentes conteúdos num canto.
No teto uma lâmpada fluorescente.
Nas paredes, um espelho, e uma flâmula em que está escrito "1° lugar".
Aqui estão minhas marcas. Isso tudo me ancora nesta casa. É isso que ainda me faz chamar isso de lar.
2016
Há 8 anos
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